quinta-feira, 25 de outubro de 2007

quarta-feira, 24 de outubro de 2007

O que é o e-Learning? - 5ª Semana de Aprendizagens

Nesta semana de aprendizagem falámos de um tema que eu já tinha alguma curiosidade para sobre ele aprofundar conhecimentos, e por isso gostei de perceber toda a estrutura necessária para desenvolver uma plataforma de e-learning.
Este tipo de projecto implica uma grande motivação por parte do aluno e do professor pois gerir o nosso próprio tempo não é uma tarefa fácil. É necessária uma útil utilização da tecnologia e uma disponibilidade de aprender. É fundameltal existir um feedback mútuo para que a aprendizagem se desenvolva.
Pesquisei um pouco então sobre o conceito de e-learning...
O que é?
O e-learning é um processo que aplica o potencial das tecnologias de informação e comunicação ao desenvolvimento da aprendizagem e da formação. O e-learning é uma metodologia de aprendizagem e caracteriza-se pelo uso da Internet. Os alunos dispõem de conteúdos pedagógicos com os quais vão interagir. É um processo personalizado, que permite a flexibilidade em termos de tempo e espaço, pois professor e aluno não se encontram fisicamente no mesmo local, mas ligados através da rede. É através da Internet que são transmitidos os conteúdos educativos e é feito o acompanhamento pelo professor. Esta metodologia permite ao aluno aprender ao seu ritmo, desenvolvendo as competências individuais que necessita, no menor tempo possível.
O e-learning é apenas uma das várias formas de Formação à Distância. A formação à distância é um processo de aprendizagem que implica a separação temporal e/ou local entre professor e aluno e quando esta acção formativa é efectuada via Internet ou intranet fala-se de e-learning. O e-Learning poderá ser definido como uma forma de educação e formação em que a aquisição de conhecimentos por parte dos formandos é baseada na utilização de: - uma série organizada de conteúdos, acções (síncronas e assíncronas), actividades e exercícios - um conjunto de orientações/moderações do professor - um conjunto de ferramentas de aprendizagem e interacção (ferramentas electrónicas normalmente baseadas na web) que permitem aproximar pessoas com diversas experiências, tendo como objectivo comum a troca e apreensão de novos conhecimentos ou competências, sendo essa aprendizagem comum normalmente mediada por uma instituição educativa.
Aprendizagem partilhada...
Com base nas teorias sociais, a aprendizagem partilhada encara o aluno como elemento activo no processo de aprendizagem e oferece aos alunos grandes possibilidades de desenvolvimento de competências sociais e cognitivas. Para a teoria construtivista de aprendizagem a interacção é requisito fundamental, pois é a partir da acção do indivíduo sobre o objceto do seu conhecimento que se dá o crescimento cognitivo. É característica de um ambiente de aprendizagem um objectivo comum entre os indivíduos, respeitando as diferenças individuais e a liberdade para a exposição de idéias e críticas. As interacções sociais são as principais desencadeadoras da aprendizagem. Quando duas ou mais pessoas colaboram numa actividade, dá-se o processo de mediação, possibilitando uma reelaboração do conhecimento. A utilização de algumas ferramentas, como fóruns de discussão, salas de chat, entre outras, podem desencadear novos conflitos cognitivos. Estes conflitos ocorrem não pelas ferramentas em si, mas pela interacção do sujeito com elas e porque existirá a interferência de outros indivíduos que poderão actuar como promotores do crescimento cognitivo do desenvolvimento real. A interacção estimula o diálogo e motiva cada pessoa a pensar e a repensar o pensamento do outro, selando o acto de aprender, que nunca é individual. O aluno deve ser participativo, um pesquisador incansável, tendo uma consciência crítica e reflexiva sobre a mesma, visando a sua transformação. A utilização dos computadores na aprendizagem colaborativa pode acontecer através da relação indivíduo/computador, indivíduo/rede local, indivíduo/ciberespaço, apresentando-se desta forma como um processo colaborativo. Os ambientes virtuais colaborativos de aprendizagem são espaços compartilhados de convivência que dão suporte à construção, inserção e troca de informações pelos participantes, visando a construção social do conhecimento. Aprender significa uma possibilidade de mudar a percepção sobre a realidade. O que distingue a aprendizagem da obtenção de informação é a efectiva aplicação do conhecimento, pressupondo um indivíduo activo com a variável essencial para que a aprendizagem de facto ocorra. Aprender é sair de si mesmo, é ligar-se com outras realidades, é ter curiosidade, é um aceitar como desafio a reconstrução contínua do conhecimento. A produção do conhecimento não se dá de forma solitária, mas sim de forma colectiva. Na sociedade contemporânea deposita-se na tecnologia, mais precisamente no computador e nas redes, a possibilidade de construir um espaço virtual propício à produção de aprendizagens colaborativas. O computador propicia a interacção, a construção de idéias, propósitos e experiências, independentemente da distância geográfica em que estas pessoas se encontram. As práticas de aprendizagem na rede permitem um acesso ao saber que é ao mesmo tempo denso, diversificado, personalizado e colaborativo. Este novo espaço de aprendizagem possibilita a criação de uma comunidade virtual que poderá com a afinidade de interesses e objectivos, cooperação e troca, produzir conhecimento dinâmico, colaborativo e reorganizado constantemente.
É possível a viabilização de um projecto de e-learning?
Viabilizar o e-Learning não depende apenas de um bom software que gere os cursos e os alunos. Além de um eficiente sistema de gestão é necessário deter conteúdos desenvolvidos com base pedagógica e teoria específica. Os Projectos de e-learning requerem uma participação de uma equipa multidisciplinar onde os agentes envolvidos possam ter apoio para os novos processos de flexibilização educativa a desenvolver. Poderemos considerar que os pilares do e-Learning são a tecnologia, o conteúdo e a gestão em que a ausência de qualquer um destes elementos torna incompleto um projecto de e-learning.
Vantagens do e-learning:
Inovação em processos de formação;
Redução e racionalização dos recursos;
Flexibilidade de ensino e aprendizagem;
Auto-formação;
Flexibilidade temporal;
Formação para activos;
Interactividade fácil;
Distribuição rápida dos conteúdos;
Acessibilidade a conteúdos mais apelativos;
Acessibilidade da valorização pessoal ou profissional;
Ritmo personalizado;

Desvantagens do e-learning :
Ausência de relação humana formador/formandos;
Conteúdos mais generalistas;
Exige alguns conhecimentos tecnológicos;
Reduzida confiança neste tipo de estratégias educativas;
Custos elevados dos cursos e do material;
Pressupõe a utilização de um computador ligado à corrente

segunda-feira, 15 de outubro de 2007

4ª semana de aprendizagens...

Começamos por discutir nesta semana se a tecnologia pode ser usada para inovar as práticas pedagógicas. Será que estas novas tecnologias modificam o modo como os professores ensinam?
Vou começar por falar do Home Schooling. Este é um conceito que já não é novo nas sociedades mas que se encontra em grande expansão. Este conceito implicita que a instrução e educação seja dada a partir de casa por pais ou outros . Os pais acabam por tomar esta opção porque a casa oferece um ambiente de aprendizagem mais acolhedor e personalizado do que na sua opinião no sitema regular de ensino.
É também uma opção para as famílias que não conseguem assumir os compromissos que a escola lhes impõe.
Respondendo à pergunta acima colocada, na aula teórica, "Será que as novas tecnologias modificam o modo como os professores estão habituados a ensinar e os alunos a aprender?" percebi que podem existir três respostas diferentes tipos de resposta:
- Optimista, porque é considerado que as novas tecnologias vão mudar tudo para melhor, permitindo a descentralização, e em que em qualquer lugar é possível obter qualquer informação;
-Pessimista, porque as novas tecnologias são vistas como um problema, desvalorizando o papel dos professores;
-Realista, porque são identificadas as vantagens e as desvantagens.
A professora referiu que para chegar a estas conclusões foram elaborados aluns estudoa que demostram qual o uso das tecnologias na Educação e quais os principais obstáculos na utilização.
Um dos exemplos que deu foi o estudo de Pelgrum que afirmava que o uso de tecnologias no ensino nada acrescentava de positivo à instrução. Ou seja talvez o mal estivesse na estruturação do ensino tradicional e não na introdução de tecnologias interactivas na educação.
Outro dos estudos que foi mencionado dizia que em geral os rapazes tem uma atitude mais positiva em relação aos computadores do que as raparigas, pois estas demonstram mais ansiedade face aos computadores, pois a maioria dos programas/ softwares que existem apelam muito mais para o imaginário masculino do que o feminino pois são quase sempre de demonstrações de força e virilidade.
Penso que com estas reflexões vou acabar por descobrir qual a minha resposta para aquela questão que pela professora foi colocada.

A importância das T.I.C.

A implementação das Tecnologias da Informação e Comunicação – TIC´s – na educação faz-nos repensar acerca do que é aprendizagem. Será mera instrução ou construção?
Numa perspectiva tradicional, a aprendizagem caracteriza-se por uma separação entre o aluno e o professor, onde o primeiro aprende e o segundo ensina. Esta perspectiva desvaloriza o papel do aluno e dos meios que suportam as representações do conhecimento. Enquadrar as potencialidades das tecnologias na educação, leva-nos a reparar numa nova abordagem, já que estas reflectem os processos de comunicação interactiva, fundamentada no Construtivismo, a qual concebe o conhecimento como uma construção realizada pelo aluno em interacção com o meio.
A criação de ambientes de aprendizagem é facilitada pela variedade e potencialidade das tecnologias, proporcionando a alunos e professores óptimas condições de interacção, quer síncrona, quer assíncrona, que serão adaptadas: à situação de aprendizagem, ao objecto em estudo, à natureza do grupo e ao tipo de tarefa a realizar. A implementação destes ambientes surge em oposição aos pressupostos behavioristas, fundamentando-se em teorias que estão alicerçadas na noção de construção individual do saber.
As TIC devem estar o mais possível presentes na formação inicial de professores, sendo importantes que os formandos vão muito para além do seu simples domínio instrumental.
Por um lado penso que estas tecnologias devem estar plenamente integradas nas instituições educativas, dispondo alunos, docentes e professores condições de acesso facilitado e de frequentes oportunidades de formação. Por outro lado, as TIC devem estar plenamente integradas na actividade de ensino-aprendizagem. As TIC devem ter um papel importante na prática pedagógica.
Nesta perspectiva, qual será então o papel fundamental da escola? No meu entender, será o de proporcionar a todos — crianças, jovens, adultos — uma oportunidade de interacção social, interacção essa que constitui um elemento fundamental da construção do conhecimento e da definição das identidades. Não acho que as tecnologias irão substituir os professores, ou que o ensino do futuro se resumirá à imagem do aluno sentado em frente de um ecrã, a carregar num teclado.

A Propósito dos Ciberutópicos e dos Cibercríticos. . .




Reflexões sobre o 2ºCapítulo

Ao ler este segundo capítulo do livro achei interessante o exemplo que Papert dá de uma rapariga, a Jenny, que não conseguia perceber qual a utilidade da gramática e que por isso "(...) aprendeu a considerar o estudo da gramática como irritação e, de modo análogo a muitos nós, a irritação provocou a falta de sucesso." Mas através do computador ela «compreendeu a gramática», uma vez que começou a classificar as palavras, não porque lhe dissessem, mas porque sentiu necessidade de tal. Passou, então a "(...)ensinar o computador a fazer listas de palavras que se assemelhassem à sua língua, teve de o ensinar a escolher palavras de tipo apropriado".
O que aconteceu com esta criança penso que não é nada fora do normal, pois muitas crianças têm dificuldades em determinadas matérias ou até mesmo disciplinas, a maioria das vezes por não conseguirem perceber a sua importância e para que servem. E o computador desempenha aqui, na aprendizagem um papel fulcral, pois faz com que, de uma forma diferente e divertida, as crianças aprendam e desenvolvam interesse, até mesmo por aquilo que não gostam. Por isso é pena que não se aproveite o computador, como motor de desenvolvimento na aprendizagem das crianças.
....A propósito de Ciberutópicos e Cibercríticos....
Os Ciberutópicos, que dizem que a revolução oferece oportunidades únicas, e os Cibercríticos que salientam os terríveis perigos da era digital.
Este capítulo inicia-se com estes dois lados diferentes e opostos de encarar a era digital: para uns a tecnologia traz muitas vantagens, para outros traz desvantagens. Como Papert afirma "(...) muitos estão pior com a utilização da tecnologia do que sem ela.". Se por um lado é verdade que os computadores podem ter um papel fulcral na aprendizagem das crianças, também é verdade que muitos jogos podem prejudicar o seu desenvolvimento quando, por exemplo, as crianças não conseguem distinguir o que é real e o que é virtual.
Dando um exemplo desse tipo de situação pode ser o caso recente de um espanhol de 16 anos, José Rabadán, que assassinou com uma espada de samurai o pai, a mãe e a irmã. A explicação parece estar na tentativa de imitação da sua personagem favorita, o justiceiro de "Final Fantasy VIII", que liquida todos os inimigos com a sua longa espada de samurai.". Por isso Papert deixa a seguinte mensagem "(...) depende de si, mais do que aquilo que poderá pensar, o delinear do seu futuro e dos seus filhos, no que diz respeito ao computador."
Relativamente a este assunto não consigo aderir a nenhuma das posições, porque acredito, sempre, na existência de um equílbrio... que não se alcança com a adesão inquestionável do que se nos é apresentado pelo mundo das tecnologias, mas pelo seu constante questionamento.Este mundo computacional está a entrar fortemente na vida de qualquer indíviduo, e não podemos permanecer passivos face a este "bombardeamento" de tecnologia em "estado bruto"!
Na minha perspectiva, considero que devemos procurar uma posição de equilibrío, de forma a preparar estratégias e ferramentas individuais, sociais e educacionais para "nos" prepararmos de forma consistente e consciente face a esta revolução digital.
Nesta procura do equilíbrio, que se inícia por nós, há-que estruturar uma posição de acompanhamento das evoluções das tecnologias e, por outro lado, de defesa das adversidades que se colocam perante o nosso desenvolvimento e nas nossas aprendizagens.
O uso dos computadores no futuro, é para mim uma questão que nem se põe.
A Tecnologia vai evoluir cada vez mais no sentido de ser utilizada com motor de progresso mas concordo também com a posição de papert pois acho que a tecnologia não é negativa mas também não vem salval o mundo.
A Tecnologia pode dar a ensino uma mecanização que este talvez não necessito em excesso.
A Escola deve fomentar a aprendizagem de matérias e de valores pessoais e por vezes os computadores dão informações distorcidas da realidade, no sentido em que cada um integra o que lê e pesquisa da sua maneira pois não há ninguém a instruir-nos directamente, somos nós que criamos as nossas próprias aprendizagens.
Papert neste capítulo também dá importância aos conceitos de literacia e fluência: O primeiro é explicado como sendo uma forma de adquirir conhecimentos numa determinada área, mas não significa que se fique totalmente experiente nessa área. A fluência diz respeito precisamente à experiência adquirida e acumulada na prática para praticar a literacia adquirida.
Para as crianças esta fluência de mexer com tecnologia parece que já nasce adquirida, pois apesar de não terem conhecimentos teóricos já nasceram com ela, na sua era, tudo à sua volta depende do que com ela conseguirem fazer.
Papert dá-nos estas ferramentas para reflectir sobre estes temas tão importantes, pois as tecnologias são mesmo o nosso futuro.
Se será bom um futuro bom para a Educação não sei...

quinta-feira, 11 de outubro de 2007

Moodle?? O que é??? Quero aprender......

Modular
Object
Oriented
Dynamic
Learning
Environement


O Moodle consiste na criação de uma comunidade de comunicadores on-line, que se encontram num ambiente virtual, onde se geram discussões virtuais em torno de actividades de vários âmbitos, nomeadamente: educacionais e empresariais, com tendências para se repercutir para outros ramos.
O Moodle visa, deste modo, uma aprendizagem cooperativa, conciliando programas educativos e fontes de interesse que despertam para a criatividade.
De realçar que este instrumento tecnológico é passível de ser actualizado, sendo provável a inclusão de outras modalidades que possam convergir para a sua apelação e funcionalidade.
Além disso, é versátil, pois facilita o acesso a uma pluralidade de aplicações pedagógicas.

segunda-feira, 1 de outubro de 2007

Tecnologia WIKI


Na nossa primeira aula prática foram-nos apresentadas diversas ferramentas para utilizarmos na construção do nosso projecto de grupo nas aulas de Tecnologias Educativas.
Assim, nós, em grupos decidimos escolher a Tecnologia WIKI, pois era algo que conhecíamos, mas só numa vertente muito própria, a Wikipédia, e então decidimos tentar explorá-la, mas primeiro temos que pesquisar a sua essência.
Os termos wiki e WikiWiki são utilizados para identificar um tipo específico de colecção de documentos em hipertexto usado para criá-lo.
Chamado "wiki" por convenção, o software permite a edição colectiva dos documentos usando um sistema que não necessita que o conteúdo tenha que ser revisto antes da sua publicação, ou seja qualquer pessoa quer tenha algo de importante a acrescentar em rede podo publicar a sua informação, chamando a si a responsabilidade pelo que está a publicar.
As suas principais características são que a WikiWeb permite que documentos sejam editados colectivamente com uma linguagem de marcação muito simples e eficaz apenas através da utilização de um navegador web. Dado que a grande maioria dos wikis são baseados na web, o termo wiki é normalmente suficiente. Uma única página num wiki é referida como uma "única página", enquanto o conjunto total de páginas, que estão normalmente altamente interligadas, chama-se 'o wiki'.
Uma das características definitivas da tecnologia wiki é a facilidade com que as páginas são criadas e alteradas - geralmente não existe qualquer revisão antes de as modificações serem aceitas, e a maioria dos wikis são abertos a todo o público ou pelo menos a todas as pessoas que têm acesso ao servidor wiki. Nem o registro de usuários é obrigatório em todos os wikis.
O que faz o wiki tão diferente das outras páginas da internet é certamente o facto de que este simplesmente possa ser editado pelos usuários que por ele navegam Os problemas que se podem encontrar em wikis são artigos feitos por pessoas que nem sempre são especialistas no assunto, ou até vandalismo, substituindo o conteúdo do artigo. Porém, o intento é, justamente, que a página acabe por ser editada por alguém com mais conhecimentos.

Porém, apesar da mais conhecida ser a Wikipédia, existem, outras disponíveis, com diversos conteúdos específicos com dicionários e viagens.

Durante esta aula prática, descobri ainda uma ferramenta muito útil para a nossa pesquisa e que nos ajuda a arquivar as nossas pesquisas e permite também que os outros vejam o que andamos a pesquisar.



Primeiro Capítulo: As primeiras impressões

Ao terminar a minha primeira leitura do livro de Seymour Papert, “A Família em Rede”, no primeiro capítulo fiquei com a sensação que vou gostar muito de o ler e que me vai deixar a reflectir sobre muitas questões relacionadas com conceitos tecnológicos. Gostei também particularmente da linguagem utilizada pelo autor e da sua maneira de nos transmitir o que sente.
Senti que "Família em rede" é um livro que tem como principal objectivo criar no leitor um espirito de interactividade com o computador. Não devemos temê-lo, ao computador, devemos antes procurar através dele o conhecimento da realidade.

Pesquisei um pouco sobre o porquê do título "Família em rede" e percebi que segundo Papert, " a presença do computador deve ser vista como fazendo parte da rede, de relações e sentimentos, psicológicamente que caracteriza uma família".Se por um lado o computador pode ajudar a família a encontrar um novo meio de comunição entre si, pode ajudar a torná-la mais sólida, onde cada elemento da família passa a ter um papel mais importante na aprendizagem de cada um
O começo do livro « A Família em rede» de Seymour Papert, aponta para a ideia de que nos dias de hoje as crianças familiarizam-se, desde muito cedo, com as mais modernas tecnologias. Não podemos definir uma idade adequada para a introdução da informática às crianças, pois depende do seu grau de desenvolvimento, da relação entre a idade e a sua maturidade. No entanto, a maior parte sente-se perfeitamente à vontade em frente dos computadores e, principalmente, nas grandes cidades entram em contacto muito cedo com a informática, quer seja na escola, em casa ou mesmo em escolas que ensinam informática para as crianças. O espírito aberto das crianças, aliado a uma grande destreza dota-as de uma grande capacidade de aprendizagem para tudo o que se relaciona com máquinas, botões, sons, luzes, etc. Através de métodos e técnicas vão evoluindo e aprendem a explorar as possibilidades do computador e a descobrir as suas próprias capacidades. Segundo as palavras do autor as crianças: "Sabem que pertencem à geração dos computadores”
Ainda neste primeiro capítulo da obra «A Família em rede» de Seymour Papert a minha atenção focou-se para um conceito que o autor refere como sendo a " liberadade reconquistada". Neste sentido, uma expressão popular muito utilizada diz que: um exemplo vale por mil palavras. Se considerarmos que a imagem é também um exemplo, podemos, por analogia, fazer a mesma afirmação. Os educadores, talvez mais do que outros profissionais, sabem o poder didáctico que qualquer imagem tem e utilizam este recurso com grande frequência, pode-se dizer, até, diariamente. A imagem tem o poder de criar e recriar a realidade independentemente do tempo e do espaço que se pretende representar. Desta verdade, há muito tempo cientificamente reconhecida e pesquisada, emergiram várias aplicações não só no dia-a-dia das escolas, mas no de cada cidadão ao longo de toda a sua vida e, entre elas, tem vindo a emergir o uso de novas tecnologias. De facto, a liberdade de escolha de uma criança antes do "florescer" das novas tecnologias era muito inferior ao que uma colecção de vídeos, CD-ROM e a Internet facultam hoje a uma criança, o que por sua vez é muitíssimo inferior ao que as crianças terão à sua disposição dentro de poucos anos. A maior liberdade de escolha das crianças, alterará dramaticamente o modo com estas aprendem e se desenvolvem.
Papert dá-nos o exemplo do seu neto com apenas 3 anos de idade para nos mostrar a facilidade que as crianças têm em trabalhar com a tecnologia. As "crianças aprendem fazendo - adquirem conhecimento sobre o mundo físico e social ao redor delas por meio de uma interacção lúdica com objetos e pessoas. Não é necessário forçá-las a aprender; são motivadas pela percepção do seu próprio mundo." Mas também a facilidade de utilização da tecnologia, a qualidade de produtos específicos aliada à capacidade natural das crianças dominarem o computador, tornam-no uma ferramenta absolutamente incontornável nos diferentes contextos de aprendizagem, consequentemente nos diferentes estádios de desenvolvimento pessoal.
Ainda neste primeiro capítulo, a frase "O que os pais precisam de saber sobre computadores não é na realidade sobre computadores, mas sim sobre a aprendizagem" despertou em mim alguma curiosidade. Nunca tinha pensado as coisas desta forma, mas depois de ler todo o primeiro capítulo, não posso deixar de concordar. De facto, parece haver uma "dificuldade em perceber os computadores" que é mais uma "dificuldade de aprendizagem". Dá toda a sensação que os adultos se resignam ao que já sabem, pensando que não necessitam aprender quase mais nada, ou pelo menos algo que seja diferente daquilo que aprenderam enquanto crianças ou jovens.Já que no mundo de hoje, as crianças utilizam o computador nas suas aprendizagens, seria importante para elas, que os adultos (principalmente os seus pais) se interessassem pelas aprendizagens que o computador permite e, como o autor refere, que essas aprendizagens fossem feitas em conjunto, tornando-se mais positivas e ricas.
Numa sociedade em que os computadores ocupam um posição cada vez mais importante e em que na maoiria dos lares existe pelo menos um computador, é no mínimo perturbante notar que existe uma discrepância enorme entre conhecimentos, nomeadamente, entre crianças/adolescentes e adultos. Vivemos numa época em que é suposto os mais novos aprenderem com os mais velhos e os mais velhos com os mais novos, e este tipo de aprendizagem aplica-se também no mundo dos computadores. No entanto, os adolescentes aparentam saber muito mais de computadores do que muitos adultos, que simplesmentre se recusam a aprender, muitas vezes por uma questão de orgulho, para não se sentirem inferiorizados perante os seus filhos. Acho que este primeiro capítulo elucida extremamente bem este aspecto, elucidando os leitores de que é preciso saber conviver com esta nova tecnologia, que em pouco tempo se tornou indispensável para muitas pessoas e que futuramente se vai tornando cada vez mais importante, contudo, acho que não se deve exagerar no uso dos computadores, ignorando o mundo real, o contacto directo com as pessoas, um mundo para lá de quatro paredes em que só olhamos e interagimos com um monitor e um teclado.

Regresso às Tecnologias.....

Olá a todos!
Foi bom saber que vou voltar a falar das aprendizagens tecnológicas e agora também escrever as minhas reflexões do livro “A família em Rede” de Seymour Papert.
Na primeira semana de aula, além de nos ter sido dado a conhecer o programa da disciplina, começamos a falar na aula teórica sobre um conceito abrangente que é o de Tecnologias Educativas.
Assim comecei por pensar um pouco sobre a diferença entre Tecnologias Educativas e Educação Tecnológica.
Julgo que esta dicotomia entre tecnologia educativa e educação tecnologia constitui uma questão essencial na formação dos profissionais das Ciências da Educação. A contraposição destes dois conceitos implicita por um lado uma vertente técnica e por outro uma vertente pedagógica. No caso das tecnologias educativas, o técnico está subordinado ao pedagógico, pois a centralidade do processo de formação situa-se na potencialidade educadora das ferramentas aplicadas no espaço educativo. No caso da educação tecnológica, a primazia da componente técnica sobre a propriamente educativa encara a construção do currículo do ponto de vista das aprendizagens de competências que remetem para o saber-fazer, mais do que para o saber. Acredito que é no domínio das tecnologias educativas onde se concretiza o papel do educador. Este actor social, sem deitar fora questões técnicas, assume o seu papel profissional como um caminho em constante descoberta das funcionalidades, utilidades e potencialidades educadoras das tecnologias educativas.